Essenciais para a correção de solos agrícolas, os fertilizantes organominerais contribuem para o desenvolvimento de lavouras e crescimento saudável das plantas.
Atualmente, com o avanço da tecnologia, a produção e o uso deste tipo de adubo é crescente no campo.
Seus efeitos positivos sobre o ganho de produtividade e melhor desenvolvimento das plantas associados a difusão da tecnologia de beneficiamento e secagem justificam todo esse crescimento.
Entenda por que o uso de fertilizantes organominerais é crescente na agricultura e veja como são produzidos.
O que são fertilizantes organominerais?
Na atividade agrícola, as condições físico-químicas do solo são fundamentais para melhorar o desempenho de uma lavoura.
Segundo a IN nº 25/2009, do MAPA, o fertilizante organomineral é a mistura física ou a combinação de adubos minerais e orgânicos que atendam aos seguintes parâmetros:
- Carbono orgânico: mínimo de 8% para materiais sólidos e 3% para fluidos;
- Umidade máxima: 30%;
- Capacidade de troca catiônica (CTC): mínima de 80 mmolc kg-1.
Vale salientar que esse adubo não se limita a nutrir a planta. Ele também oferece nutrientes para melhorar as condições do solo, sobretudo sua atividade biológica, refletindo positivamente com as suas características originais.
No Brasil, a adoção de técnicas e práticas agrícolas já estão bem difundidas. E a aplicação de fertilizantes organominerais teve um crescimento de 22,7% em 2022, segundo a Abisolo.
Estes são produtos constituídos por adubos orgânicos enriquecidos com nutrientes minerais. Com isso, as possibilidades de atender às necessidades de nutrição das plantas cultivadas aumentam.
Ou seja, além do aporte nutricional mineral, ele oferece matéria orgânica ao sistema de produção, agregando uma série de benefícios.
Ainda segundo a IN n° 61/2020, os fertilizantes organominerais são divididos em duas classes.
Classe A
utiliza matéria-prima decorrente das atividades extrativas, agropecuárias, industriais, agroindustriais e comerciais.
Incluem produtos de origem mineral, vegetal, animal, lodos industriais e agroindustriais de sistema de tratamento, desde que isentos de despejos ou contaminantes sanitários;
Classe B
utiliza quaisquer quantidades de matérias-primas orgânicas geradas pelas atividades urbanas, industriais e agroindustriais.
Neste processo, estão incluídos resíduos sólidos urbanos da coleta convencional, lodos gerados em estações de tratamento de esgotos, industriais e agroindustriais.
Diferenças entre o fertilizante organomineral e o mineral
Como ressaltado anteriormente, o fertilizante organomineral difere dos adubos minerais pela presença da matéria orgânica em sua composição.
Isto é, os nutrientes solúveis (minerais) ficam envolvidos por uma camada orgânica, protegendo o contato direto com o solo.
Com isso, podem ser disponibilizados ao longo do ciclo da cultura, especialmente por possuírem solubilização gradativa.
Assim, por ação da biodegradação, os elementos essenciais são liberados de forma lenta, mas contínua, durante toda a fase de crescimento das plantas.
Também são mais estáveis e uniformes, apresentando maior concentração de macro e micronutrientes, além da matéria orgânica.
Vantagens dos fertilizantes organominerais na agricultura
O uso dos adubos organominerais garante vantagens diversas para agricultores. O primeiro grande benefício é o ganho de sustentabilidade.
Estes produtos utilizam como matéria-prima vários resíduos oriundos de outros sistemas de produção, na qual são considerados passivos ambientais.
Esse benefício corrobora com a atual Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela enfatiza a importância do reaproveitamento e agregação de valor aos resíduos gerados em diferentes processos.
Mas, os benefícios deste tipo de adubo não se resumem a isso. Existem vantagens para o solo e também para a lavoura.
Benefícios para o solo
- Aumento da CTC: este fertilizante aumenta a capacidade dos solos na troca de cátions, isto é, íons de carga positiva (cálcio, potássio e magnésio);
- Estimula a atividade da biota microbiana: a incorporação da matéria orgânica estimula os microrganismos benéficos do solo;
- Aumento da disponibilidade de fósforo: a formação de complexos de óxidos de ferro e alumínio auxilia na liberação do fósforo, permitindo que ele seja aproveitado pelas plantas;
- Aumento da retenção hídrica: com uma maior quantidade de matéria orgânica, a capacidade de retenção de água aumenta.
Benefícios para a lavoura
- Maior desenvolvimento radicular: com um maior aporte de nutrientes, as raízes se desenvolvem, melhorando a capacidade de absorção de água e demais elementos, permitindo o desenvolvimento das plantas;
- Aumento da resistência ao estresse ambiental: a disponibilidade de água, as variações de temperatura e a aplicação de defensivos são mais facilmente toleradas pela lavoura quando há o uso de fertilizantes organominerais.
Porém, para obter estes benefícios, otimizar o processo de secagem dos fertilizantes é essencial, como você acompanhará a seguir.
Secagem de fertilizantes organominerais: entenda como funciona
Para uso na agricultura, os fertilizantes organominerais passam por um longo processo de fabricação. A secagem é uma das etapas mais importantes.
Nela a umidade em excesso é retirada do produto, fazendo com que ele se enquadre dentro dos níveis exigidos pela legislação.
A secagem, que ocorre logo após a granulação, utiliza os seguintes equipamentos:
- Fornalha de gás quente com defagulhador;
- Secador rotatório.
Associado à fornalha, o defagulhador funciona de forma semelhante a uma caixa de expansão. Assim que chegam nele, os gases resultantes da combustão da biomassa se expandem e perdem velocidade. Com isso, as partículas mais pesadas caem.
Dessa forma, apenas os gases tratados chegam até o secador, impedindo que fagulhas sejam conduzidas até o processo seguinte.
Após isso, os gases quentes entram em um secador rotatório, um casco cilíndrico que gira em torno do seu eixo longitudinal.
Então, o fertilizante úmido é inserido na extremidade mais elevada do equipamento e descarregado na outra extremidade com a umidade reduzida.
Além disso, os suspensores promovem o cascateamento do sólido contido no interior do secador.
É importante salientar que grande parcela da secagem ocorre quando os sólidos caem dos suspensores e entram em contato com o gás aquecido.
Tenha gases sempre tratados no seu processo de secagem
Para maior eficiência do processo de secagem industrial de fertilizantes organominerais, ter gases quentes com qualidade é imprescindível. Para isso, o uso da fornalha de gás quente com defagulhador é recomendado!
Essa solução:
- Evita a passagem de fagulhas ao secador;
- Atende às imposições do mercado consumidor;
- Está de acordo com a regulamentação de comercialização;
- Permite a venda para mercado interno e externo.
Assim, com um time de engenharia especializado, a IMTAB oferece ao mercado um excelente sistema defagulhador acoplado às fornalhas de gás quente. Portanto, permite oferecer gases mais limpos aos secadores de fertilizantes organominerais.
Esse sistema possui uma geometria e construção concebidos para atuar como quebra-chama e decantação de fagulhas, evitando o contato direto com o produto.
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