Com o crescimento da sustentabilidade, a busca por fontes de energia limpas e renováveis é urgente em todo o mundo. Nesse contexto, os diferentes tipos de biomassa surgem como uma alternativa promissora.
Com o potencial de transformar a matriz energética global, estes combustíveis possuem muitas variações, com recursos praticamente inesgotáveis.
Logo, se você pretende alterar a matriz energética da sua indústria, a biomassa pode ser a sua melhor opção.
Acompanhe neste artigo os tipos principais de biomassa e saiba quais pontos considerar na escolha.
O que é biomassa?
A biomassa é qualquer material orgânico de origem vegetal ou animal que pode ser utilizado como fonte de energia.
Logo, a grande maioria dos resíduos florestais, agropecuários, urbanos e industriais pode ser transformada em calor nos geradores.
Por característica, a biomassa é um recurso renovável. Consequentemente, seu processo de conversão é menos nocivo ao meio ambiente.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, a biomassa representa cerca de 8,55% da matriz energética brasileira. Ainda conforme o ministério, temos 630 usinas em funcionamento, com 16,7 GW de capacidade instalada.
O uso deste combustível sustentável garante benefícios ambientais, econômicos e sociais. Acompanhe:
Vantagens ambientais
- Fonte renovável;
- Redução de emissões, em comparação com os combustíveis fósseis, caso do carvão e do petróleo;
- Melhor gerenciamento de resíduos agrícolas e florestais.
Vantagens econômicas
- Geração de empregos na agricultura, transporte e indústria;
- Diversificação da matriz energética, tornando o sistema mais resiliente;
- Valorização de resíduos;
- Produção regional, colaborando com a independência energética e maior receita.
Vantagens sociais
- Auxilia na fixação e geração de empregos regionalmente;
- Inclusão social;
- Fortalecimento de comunidades.
Como a biomassa é classificada?
Na atualidade, os tipos de biomassa possuem algumas classificações específicas.
No Brasil, essa fonte de energia apresenta um grande potencial e muitas vantagens, sendo explorada principalmente por três grandes grupos: florestal, agrícola e de resíduos urbanos/industriais.
Biomassa florestal
Originária de florestas plantadas ou decorrentes do desmatamento, oferece uma fonte de energia diversificada.
A lenha é o principal exemplo, mas também são utilizados outros materiais, com destaque para cascas, galhos e serragem.
Essas são ótimas fontes que podem ser convertidas em energia térmica ou elétrica, contribuindo com a redução da dependência de combustíveis fósseis.
Biomassa agrícola
A agricultura é um dos segmentos mais representativos do Brasil. Consequentemente, ela gera uma abundância de resíduos (palha, bagaço de cana e restos de culturas).
São transformados em biocombustíveis líquidos (etanol e biodiesel), assim como o biogás.
Resíduos urbanos e industriais
Os resíduos das cidades e das indústrias também são opções. Eles podem ser utilizados na produção de biogás, destinado à geração de energia elétrica e térmica.
A agroindústria, especialmente a de laticínios e carnes, produz grandes volumes de resíduos orgânicos que podem ser transformados em biomassa.
Conheça os diferentes tipos de biomassa
Em ascensão na geração energética nacional, os tipos de biomassa são vastos. Te convidamos a conhecer alguns dos exemplos. Veja:
Cascas e palha de arroz
Estes são um dos subprodutos da indústria arrozeira, com características valiosas na geração de energia.
Ricas em lignina e celulose, apresentam alto poder calorífico, que fazem delas um excelente combustível, usado em diversas aplicações.
Casca e caroço de algodão
Estes são subprodutos da produção algodoeira com alto teor de óleo e fibra, o que o tornam um recurso valioso.
Suas principais características são:
- Significativo teor de lignina e celulose;
- Boa presença de óleos e gorduras, em particular o caroço de algodão;
- Densidade relativamente alta.
Palha e sabugo de milho
A palha e o sabugo de milho são subprodutos da agricultura com grande potencial na produção de energia.
Algumas de suas características os tornam matérias-primas atrativas em diversas aplicações:
- Grande disponibilidade;
- Alto teor de carbono;
- Baixo custo;
- Grande versatilidade.
Pellets de madeira
O pellet de madeira é um biocombustível sólido, cilíndrico e compacto, produzido a partir de biomassa vegetal, como serragem, aparas de madeira e resíduos florestais.
Algumas de suas características o tornam um excelente combustível na geração de energia, como:
- Alta densidade;
- Baixo teor de umidade e de cinzas;
- Emissões de gases poluentes reduzidas;
- Facilidade de transporte e armazenamento.
Serragem
A serragem, subproduto da indústria madeireira, possui características que a tornam um excelente combustível.
Mas, para uma queima segura e eficiente, a serragem deve apresentar algumas características específicas:
- Baixo teor de umidade e de impurezas;
- Partículas menores, que tendem a queimar rapidamente;
- Alto poder calorífico;
- Densidade adequada.
Casca de soja
A casca de soja, um subproduto da indústria de processamento, é um dos tipos de biomassa que apresenta diversas características vantajosas. São elas:
- Boa densidade energética e valor calorífico relativamente alto;
- Alta disponibilidade;
- Facilidade de transporte e armazenamento.
Caroço de açaí
Diante do consumo crescente do açaí, a produção do fruto está aumentando. Por consequência, a geração de resíduos aumenta, com destaque para o seu caroço.
Segundo reportagem destacada pela Wórtice Energia, o caroço de açaí representa cerca de 83% do volume total do fruto. Logo, é um ótimo combustível.
Como características, o caroço de açaí possui:
- Alto teor de lignina, resultando em maior poder calorífico;
- Presença de celulose e hemicelulose, contribuindo para o valor calorífico do caroço.
- Alta disponibilidade e abundância em determinadas regiões.
Além disso, o caroço de açaí é também uma excelente alternativa na alteração da matriz energética em empresas que utilizam o GLP.
Quando adotada em geradores de gás quente, a operação será sustentável e limpa.
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Como escolher o tipo de biomassa ideal?
Como você acompanhou, muitos são os tipos que tornam a matriz energética das empresas mais limpa e renovável.
No entanto, é preciso que o empresário fique atento! Não há a “melhor biomassa”!
Afinal, a escolha exige análise cuidadosa de diversos fatores. São eles:
- Disponibilidade local: a proximidade da fonte geradora com a indústria é uma forma de reduzir custos logísticos com transporte;
- Características da biomassa: fatores como umidade, densidade, tamanho das partículas e poder calorífico influenciam a eficiência energética e a necessidade de pré-tratamento;
- Custos: o custo dos tipos de biomassa, incluindo a coleta, transporte e pré-tratamento, deve ser comparado com outras fontes para identificar a mais adequada;
- Equipamentos disponíveis: a escolha deve ser compatível com os equipamentos de combustão existentes na indústria.
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