Indústria de papel: como funciona a secagem no segmento?

19 jul, 2024 | Indústria, Processo de secagem | 0 Comentários

A atuação da indústria do papel está presente no nosso dia a dia de diversas formas, fornecendo produtos essenciais para várias áreas.

Mas, para a fabricação deste material, a qualidade do processo de secagem é fundamental. Quando bem realizada, ela ajuda a reduzir custos e contribui com a melhor qualidade do produto final.

Neste artigo, vamos explorar o panorama deste segmento, assim como as características de funcionamento e tecnologias da secagem de papel. 

Panorama brasileiro da indústria de papel

O papel é um dos materiais mais utilizados há séculos. As aplicações dele mudaram ao longo do tempo, mas sua relevância segue indiscutível. E mesmo com o avanço da tecnologia, dificilmente deixará de ser utilizado tão cedo!

Como reflexo dessa realidade, a indústria de papel e de celulose no Brasil é muito grande, já que o país é um grande produtor e exportador.

Segundo o relatório da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), em 2022, a indústria de papel e celulose brasileira:

  • Gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos;
  • Alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões;
  • Bateu recorde de produção ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose:
  • Produziu 11 milhões de toneladas de papel;
  • Exportou 2,5 milhões de toneladas de papel e 19,1 milhões de toneladas de celulose.

Os países europeus e a China são os destinos mais comuns do papel nacional.  Além destes, outros grandes consumidores são EUA, Canadá, Índia e Rússia.

Assim, à medida que estes países consomem o produto, os volumes de exportação aumentam. Essa tendência deve estimular a produção brasileira nos próximos anos! 

Processos envolvidos na fabricação do papel

É comum saber que o papel é um produto feito a partir da árvore, mais precisamente da fibra da celulose.

Logo, o processo produtivo começa muito antes da indústria de papel. Veja então algumas etapas envolvidas na fabricação!

Plantio, colheita e seleção da madeira

O processo produtivo do papel se inicia na floresta com o plantio do eucalipto. Cerca de 5 anos após o plantio, ele é extraído e levado para a fábrica. 

Nela, ocorre a avaliação da madeira, na qual são conferidos o tamanho e o peso.

Extração da celulose

Na etapa seguinte, a madeira é picada cavacos e levada para a extração da celulose. Nessa etapa, a lignina e os extrativos são separados, visando a obtenção da polpa da celulose.

Esse processo de separação é feito em grandes tanques, onde são colocados produtos químicos que auxiliam no isolamento da matéria-prima.

Com a celulose extraída, são acrescentados oxigênio e dióxido de cloro. Eles dão o aspecto branco à matéria-prima. No final, ela deve estar com no máximo 80% de umidade.

Para maior eficiência do processo, o ambiente produtivo deve conter um rígido controle de temperatura e umidade. Dessa forma, permitindo o maior controle dessas variáveis na matéria-prima do papel.

Secagem do papel

Ainda dentro da indústria, a fibra é misturada com amido, matizantes, carbonato de cálcio e aditivos, formando a massa utilizada na fabricação do papel.

Feito isso, é preciso retirar toda a água da matéria-prima, que acontece em 4 passos:

  1. A água presente na massa escorre por gravidade;
  2. A matéria é colocada em uma máquina a vácuo;
  3. Utiliza-se uma prensa, responsável por desaguar e consolidar a folha;
  4. O produto passa por diversos cilindros quentes, encerrando o processo de secagem.

Com o papel já formado, é acrescentado amido. Assim, ele obtém o aspecto liso, e a tinta da impressora pega bem.

Por fim, o produto passa por um rígido controle de qualidade. Nele, são analisados a gramatura, lisura e o nível de umidade no papel.

Para finalizar, o papel fica armazenado para ser cortado no formato desejado.

Capotas industriais otimizam a secagem do papel

Aumentar a eficiência da secagem é assunto de grande relevância para a indústria de papel!

Essa é uma etapa crítica da produção, associada a custos relativamente altos e consumo energético elevado.

Caso esse processo não seja realizado da forma correta, o papel pode ter manchas e quebrar, comprometendo o valor de mercado.

Para isso, os cilindros subsequentes secam o papel e ajudam na aderência.

Porém, os cilindros usados não devem ser aquecidos sob temperaturas acima de 180°C, já que isso pode comprometer o processo de aderência e quebrar o papel.

A fim de resolver essa questão, a indústria utiliza equipamentos conhecidos como capotas industriais.

A capota é um rolo cilíndrico, com uma meia-lua, que joga ar quente sobre a parte superior do rolo. Assim, auxilia no aumento da temperatura e da velocidade de secagem do papel.

Estima-se que, com essa solução, a velocidade do rolo terá um acréscimo de 15%.

Entretanto, temperaturas mais altas não são oferecidas pelo vapor gerado em caldeiras. Então, a indústria de papel utiliza o GLP, resultando em maiores ganhos de produção.

Mas, esse é um combustível caro. Por isso, há outra opção também muito eficiente e barata!

A IMTAB oferece ao setor industrial seu gerador de ar quente, que permite a substituição do GLP por energia renovável.

Este equipamento queima a biomassa e gera gás quente. Este, por sua vez, aquece o ar utilizado nas capotas sob um custo muito mais baixo. 

Geradores de calor IMTAB: alta eficiência na geração de ar quente

Com mais de 350 projetos executados em toda a América do Sul, a especialidade da IMTAB é avaliar a necessidade do cliente, projetar e executar com alto padrão de eficiência.

Nossas soluções são voltadas para geração de energia térmica com base em uso de fontes de energia sustentáveis, como biomassa vegetal, resíduos industriais, urbanos e agrícolas.

Os geradores de calor são os grandes destaques de nosso know-how, com soluções de destaque para diversos segmentos, como a secagem de grãos

Para a indústria de papel, os geradores permitem substituir o GLP, reduzir custos e aumentar a eficiência de secagem auxiliada por capotas industriais.

Conheça nosso catálogo de soluções e eleve sua indústria de papel a um novo patamar de eficiência, sustentabilidade e competitividade.

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